terça-feira, 25 de junho de 2013

CPI do transporte pode ser criada nesta terça em São Paulo

Por Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual.

Instalação da comissão depende de acordo entre vereadores no Colégio de Líderes da Câmara Municipal

Déficit de transporte foi estopim das manifestações

São Paulo – Pode ser criada amanhã (25) a Comissão Parlamentar de Inquérito que pretende investigar a estrutura do transporte público na capital paulista. A decisão depende de um acordo do colégio de líderes da Câmara Municipal que permita uma inversão na pauta de pedidos para abertura de CPIs. Hoje, há outras três aguardando parecer. Caso seja criada, a comissão vai analisar a legislação de concessões do sistema de transporte na capital e investigar as planilhas de custos do município e das empresas.

O pedido de CPI foi protocolado na semana passada, pelo vereador Ricardo Young (PPS). Ele já tem apoio de 23 vereadores: Paulo Fiorilo, Alfredinho, Juliana Cardoso, Vavá dos Transportes e Nabil Bonduki (PT); Coronel Telhada, Claudinho de Souza, Floriano Pesaro, Andrea Matarazzo, Mário Covas Neto e Eduardo Tuma (PSDB); Paulo Frange e Conte Lopes (PTB); Ricardo Nunes e Rubens Calvo (PMDB), Edir Sales e Goulart (PSD), Laércio Benko (PHS); Atílio Francisco (PRB); Ari Friedenbach (PPS); Wadih Mutran (PP); Ives Ota (PSB); e Gilberto Natalini (PV).

O pedido foi protocolado após vários questionamentos sobre a falta de transparência nos gastos e remunerações das empresas do setor, sobretudo na reunião do Conselho da Cidade, na terça-feira (17). Na semana passada, o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que o setor “é cartelizado”.

O conselheiro Luiz Carlos Brasser Pereira, ex-ministro dos governos José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, havia afirmado na reunião que “é preciso que haja transparência na gestão dos transportes e limite nos lucros dos empresários”. Também conselheira, a filósofa Marilena Chauí argumentou, em entrevista à Rádio Brasil Atual, que o prefeito não irá resolver os problemas de mobilidade urbana se não enfrentar os empresários: “Enquanto o prefeito não quebrar o oligopólio dos empresários de ônibus, vamos andar sempre mal das pernas”.
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