No Facebook, ele disse que evitou comentar vandalismo de 'criminosos'.
Protesto na quinta-feira teve feridos e mais de 200 detidos.
Coronel reformado da Rota, Telhada criticou imprensa (Foto: Roney Domingos/ Arquivo G1) |
(O G1 acompanhou em tempo real a manifestação. Leia o relato completo.)
Em post publicado no fim da manhã, o vereador paulistano disse que procurou evitar comentar “sobre o vandalismo praticado por criminosos travestidos de manifestantes nos últimos dias em São Paulo” e acrescentou: “Tem dias que tenho vergonha da nossa sociedade”.
Vereador do PSDB, partido de oposição ao prefeito Fernando Haddad (PT) na Câmara Municipal, Telhada também criticou o petista. “O que mais vocês poderiam esperar dessas pessoas; vejam essa notícia: O prefeito ainda ressaltou que ‘a PM está sob comando do governo do Estado’."
Protesto
A manifestação começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Enquanto lojistas fechavam as portas para evitar depredação, a Polícia Militar prendia dezenas para averiguação. Segundo a PM, foram apreendidos coquetéis molotov, facas e maconha. De acordo com a delegada Vitória Lobo Guimarães, até o início da madrugada, 198 pessoas haviam sido detidas e encaminhadas ao 78º DP, nos Jardins. Todos foram liberados. Quatro vão responder termo circunstanciado; três deles por porte de entorpecentes e um por resistência à prisão. Outras cinco pessoas foram levadas para o 1º DP.
(Foto: Reprodução/ G1) |
Os manifestantes, cerca de 5.000 segundo a PM, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas. A Cavalaria da PM uniu-se ao Choque na Rua Maria Antônia, onde começaram os confrontos. A Universidade Mackenzie, que fica na esquina, fechou as portas.
Segundo o major da PM Lídio, o acordo era para que os manifestantes não subissem em direção à avenida Paulista, o que não foi cumprido. “Se não é para cumprir acordo, aguentem os resultados”, disse.
Os manifestantes tentaram subir a Rua da Consolação, por volta das 19h15, e houve dispersão. Parte seguiu até a Avenida Paulista, que voltou a ser interditada por volta das 21h30. Uma parte do grupo fez barricada uma com objetos queimados na Rua Fernando de Albuquerque. A polícia avançou com balas de borracha e gás lacrimogêneo sobre os manifestantes, que revidaram jogando pedras e garrafas em direção aos PMs.
Policial prende homem em local próximo da concentração da manifestação em SP (Foto: Gabriela Biló/Futura Press) |
Um jornalista da revista 'Carta Capital' e um fotógrafo do portal 'Terra' foram levados para o 78º DP, nos Jardins, na Zona Sul da cidade, mas foram liberados por volta das 19h30. Outros detidos relataram ao G1 terem sido levados à delegacia por portarem vinagre e spray.
A Anistia Internacional mostrou “preocupação com o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo”. “Também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha”, disse em nota.
Manifestantes e Cavalaria na Rua da Consolação. (Foto: Glauco Araújo/G1) |
Manifestantes fogem das bombas da Rua Augusta. (Foto: Flavio Moraes/G1) |
Manifestantes ateiam fogo em lixo pelas ruas durante confronto com a polícia. (Foto: Filipe Araújo/Estadão Conteúdo) |
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