sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ari Friedenbach é eleito presidente da comissão de segurança da Câmara

Vereador defende maior integração da Guarda Civil com forças policiais de SP.
Filha dele, Liana Friedenbach foi assassinada por Champinha em 2003.


Marcelo Mora Do G1 São Paulo.

O vereador Ari Friedenbach (PPS) foi eleito na manhã desta quinta-feira (9) presidente da Comissão Extraordinária Permanente de Segurança Pública da Câmara Municipal de São Paulo. Ele é pai de Liana Friedenbach, a adolescente de 16 anos que foi assassinada por um menor de apelido Champinha em Embu Guaçu, na região metropolitana de São Paulo, em 2003. O namorado dela, Felipe Caffé, então com 19 anos, também foi morto. Na ocasião, o crime reacendeu, a exemplo do que ocorre hoje, o debate sobre a redução da maioridade penal.

A comissão de segurança foi criada após a aprovação do desmembramento da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais, da qual Ari Friedenbach também faz parte. Ele disse que, a princípio, era contra o desmembramento, mas depois mudou de ideia. “Os trabalhos desta comissão não vão abafar os da comissão de direitos humanos. Tem muito a ser abordado, a ser debatido na questão de segurança na capital”, afirmou.

Fazem parte ainda da comissão de segurança da Câmara Municipal os vereadores Coronel Telhada (PSDB), eleito vice-presidente, coronel Camilo (PSD), Conte Lopes (PTB) e Eduardo Tuma (PSDB), todos conhecidos por suas ligações com as forças policiais do estado, além de Reis (PT) e Ricardo Nunes (PMDB).

Dentre os temas que deverão ser debatidos pela nova comissão para melhorar a segurança da capital, estão a melhor integração das polícias Civil e Militar com a Guarda Civil Metropolitana, a instalação de um sistema de monitoramento mais sofisticado em áreas consideradas mais críticas e a ampliação e melhorias na rede de iluminação da cidade, de acordo Friedenbach.

“A primeira finalidade da Guarda Civil é a preservação do patrimônio público, mas creio que a função da guarda pode ser ampliada e o guarda-civil também passe a fazer o policiamento ostensivo das ruas. Para esta mudança, seria necessário um melhor aparelhamento e melhor remuneração do guarda-civil”, disse. O trabalho de prevenção a crimes nas ruas da capital é feito exclusivamente pela Polícia Militar.

Em relação ao debate da redução da maioridade penal que retornou à mídia após crimes hediondos cometidos por menores nos últimos dias, o vereador fez questão de deixar clara sua posição: é contra, mas com ressalvas. “Defendo a responsabilização criminal dos menores que cometerem hediondos, com internação em unidades especiais da Fundação Casa. Cada caso tem de ser analisado separadamente”, afirmou.

No entender de Friedenbach, uma medida simples já ajudaria a reduzir a participação de menores em crimes. “Essa medida seria o agravamento das penas dos adultos que aliciarem menores para a prática de crimes”, declarou.

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Um comentário:

  1. Olá, Sergio e Fred!
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    Obrigada,
    Daniela (daq.daniela@gmail.com e danielaqueiroz@usp.br)

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