segunda-feira, 11 de março de 2013

Com voto contrário de coronel Telhada, Câmara de SP aprova reabertura da Comissão da Verdade

Projeto de resolução do vereador Gilberto Natalini (PV) foi aprovado por 54 a 1


Do R7.

A Câmara dos Vereadores aprovou em sessão desta quarta-feira (6) a reabertura da Comissão da Verdade municipal. O projeto de resolução do vereador Gilberto Natalini (PV) foi aprovado "em um entendimento entre lideranças por 54 a 1".

Paulo Adriano Telhada (PSDB), conhecido como coronel Telhada, ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), votou contra o projeto. Durante a sessão, o coronel disse que a casa pode focar em outros assuntos.

— Ninguém é obrigada a concordar com tudo. Quero dizer que não sou contra, também não tenho nada a temer, mas quero crer que aqui serão ouvidas e respeitadas as duas partes. Quiçá façamos uma comissão da verdade de verdade.

A Comissão da Verdade Municipal foi instaurada e finalizada em 2012. Ao R7, Natalini declarou que o principal objetivo da reabertura da comissão é ajudar o Brasil a recuperar um período da história do povo brasileiro.

— Temos muitas lacunas de conhecimento no regime militar de coisas que aconteceram com pessoas, pessoas que desapareceram, pessoas que foram presas. Queremos também ouvir o outro lado. Vamos convocar militares, empresários e políticos que estavam no comando do regime na época.

Ricardo Young (PV) se manifestou favorável ao projeto. Durante a sessão, destacou a importância de discutir esse tema.

— Não é um espaço de vingança, para ressuscitar culpa, mas sim um espaço de compromisso com a história. É um espaço de resgata do nosso compromisso com a história.

Também durante a sessão desta tarde, Coronel Camilo (PSD), ex-comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, declarou que a comissão é um espaço para mostrar que “não tem nada para ser escondido”.

— Deixa criar a comissão da verdade. Sou a favor da continuação disso até para provar que não temos nada a esconder. O polícia é o primeiro protagonista e defensor dos direitos humanos. Vamos trazer mais argumentos, todos os lados.

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