sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

"Nunca tinha pensado nisso", diz Telhada sobre presidência de comissão

Camila Souza Ramos via Diário Comércio Indústria & Serviços.

SÃO PAULO - O vereador eleito disse que não foi convidado formalmente a presidir a Comissão de Direitos Humanos, mas que aceitaria o cargo "com a maior boa vontade"...

Telhada compareceu fardado à cerimônia de diplomação, mas disse que se vestirá como civil durante sua atuação na Câmara.

SÃO PAULO – O coronel Telhada, ex-comandante da Rota e vereador eleito pelo PSDB, afirmou que foi pego de surpresa com o levantamento da hipótese de ser o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais da Câmara dos Vereadores, mas que aceitaria o cargo “com a maior boa vontade”.

"Eu não fui convidado para nada. Nós vamos ter algumas reuniões, vamos conversar a respeito. Isso deve ser definido em fevereiro. Sinceramente, eu nunca tinha pensado nisso. Como foi lançada essa hipótese, fiquei até feliz”, declarou o vereador eleito durante cerimônia de diplomação ocorrida nesta quarta-feira (19) na Sala São Paulo.

“Se eu for convidado ou indicado, tenha certeza que aceitarei com a maior boa vontade e farei um ótimo serviço”, disse o militar na reserva ao ser questionado sobre o assunto pelo DCI. De caráter extraordinário, a comissão apenas promove debates e não analisa projetos de lei.

No evento, ele compareceu fardado e fez continência ao receber seu diploma de vereador, gesto que foi seguido pelo vereador eleito Conte Lopes (PTB), que também atuou na Rota. Para sua atuação parlamentar, Telhada promete retirar a farda e comparecer às sessões de terno.

Ele é responsável pela morte de 36 pessoas em episódios classificados como confrontos com a polícia e acusado de ameaçar um jornalista da Folha de São Paulo. Sua candidatura ainda foi alvo de três pedidos de impugnação do Ministério Público por uso de expressões em redes sociais incitando a violência, por uso indevido da farda da Polícia Militar (PM) e por publicidade irregular.

Telhada disse ter “tudo a ver” com seu serviço estar no órgão, já que ele também abrange assuntos relativos à segurança pública. “Eu entendo que não há defensor maior dos direitos humanos do que o policial militar”, afirmou o coronel, justificando seu nome para a liderança da comissão, presidida atualmente por Ítalo Cardoso (PT).
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